RÉQUIEM

Acho que vivemos o tempo suficiênte...
para que os sonhos sejam destruídos totalmente...
da infância à adolescência só fazemos sonhar
da maturidade à velhice, vemos tudo desmoronar
o sonhar deixa de ser inerênte ao viver...
o sonho já não convence e assim perde seu poder
vida é ilusão, triste chegar a essa conclusão...
assim como é triste permanecer em negação
como é horrível e deprimente testemunhar...
do anjo recém nascido até o decrépito carcomido...
poucos grãos de areia na ampulheta do tempo...
despido de toda e qualquer esperança, vencido
pouco ou nada sobrou em meio a tanto sentimento
ressentimento é tudo o que lhe resta nessa vida...
seu único sentimento  é o medo que se agiganta
finge que acredita, que re-encontrará almas queridas...
se sente qual galho seco que desprendeu-se da planta...
mas a lembranças de suas raízes...
não amainam as cicatrizes...
lágrimas escorrem pelo rosto
marcado pelos anos aos quais fora expôsto...
Um ultimo sonho... retorna a sua lembrança...
vê peixes como os que víra em sua infância...
já não mais acordará, o pesadelo finalmente acabou...